Baltimore Ravens

Em 1984, os Baltimore Colts mudavam-se para Indianapolis. Deste modo, a cidade de Baltimore, em Maryland não possuía mais nenhuma equipe profissional de futebol americano. Em 1995, entretanto, uma crise nos Cleveland Browns mudaria completamente a história da cidade de Baltimore.

O M&T Bank Stadium é a casa dos Baltimore Ravens

Nesta época, Art Modell, o proprietário dos Browns, lidava com diversos problemas financeiros. Seduzido por uma proposta de construção de um estádio de primeira classe, Modell anunciou em novembro de 1995 sua intenção de mudar a franquia de Cleveland para Baltimore. Em fevereiro de 1996, o estado de Maryland ganhava uma equipe de futebol americano. Todavia, o comissário da NFL neste período, Paul Tagliabue, prometeu aos cidadãos de Cleveland que a cidade permaneceria sem uma franquia no máximo até 1999. Além disso, Tagliabue firmou um acordo garantindo a manutenção do uniforme, das cores, da história e do nome da franquia (Browns) em Cleveland.

Art Modell, então proprietário dos Cleveland Browns

Primeiros anos

Sem mais delongas, voltemos a falar sobre o time de Baltimore. O proprietário da franquia, Art Modell, contratou o então técnico dos Baltimore/Indianapolis Colts, Ted Marchibroda, para ser o head coach da equipe. Contudo, um pequeno detalhe ainda faltava para a consolidação da franquia: o nome. Após uma votação popular, o nome escolhido para a franquia foi Baltimore Ravens (“Corvos de Baltimore”, em português). O nome da equipe foi escolhido para fazer alusão à obra “O Corvo”, de Edgar Allan Poe. O escritor, um dos maiores da literatura mundial, viveu uma parte de sua vida em Baltimore.

Com o nome definido, a franquia de Baltimore iniciava sua vida no futebol americano profissional. No draft de 1996, os Ravens receberam a 4ª e a 26ª escolhas no primeiro round. Na primeira, o time de Maryland escolheu o offensive tackle e futuro Hall of Famer Jonathan Ogden. Já na segunda, o time de Ted Marchibroda selecionou um atleta que se tornaria o maior ídolo da história da equipe: Ray Lewis.

A chegada de Brian Billick

Nas suas três temporadas como head coach dos Ravens, Ted Marchibroda não conseguiu render o sucesso esperado. A diretoria da franquia decidiu então demitir o treinador. Em 1999, Brian Billick, então coordenador ofensivo dos Minnesota Vikings, chegava para mudar a história da franquia.

Na sua primeira temporada como head coach, Brian Billick conseguiu um recorde de oito vitórias e oito derrotas. Na temporada seguinte, contudo, Billick levaria a equipe de Baltimore para o patamar máximo do futebol americano.

Nesta temporada (ano de 2000), os Ravens construiriam uma das maiores defesas da história do futebol americano. Sob o comando do coordenador de defesa Marvin Lewis (atual head coach dos Cincinnati Benglas), Ray Lewis, Sam Adams e Rod Woodson acabavam com os ataques adversários. O time de Maryland jogou tanta bola que pode se classificar para o Super Bowl XXXV. No maior jogo da história da franquia, os Ravens venceram os New York Giants por 34 x 7 e conquistaram o primeiro Vince Lombardi Trophy para a cidade de Baltimore.

A chegada de John Harbaugh e Joe Flacco

Após a péssima temporada de 2007, os Ravens demitiram Brian Billick. Em 2008, o então coordenador dos Philadelphia Eagles, John Harbaugh, assumia o cargo de head coach da equipe. No draft deste mesmo ano, a franquia de Maryland possuía a 18ª escolha geral. Os Ravens, então, decidiram selecionar um quarterback da Universidade de Delaware: Joe Flacco.

Quatro anos depois da chegada da dupla Harbaugh-Flacco, os Baltimore Ravens voltariam ao caminho das conquistas. Após um recorde 10-6 na temporada regular e grandes vitórias nos playoffs, os comandados de John Harbaugh chegavam ao Super Bowl XLVII. Na partida, os Ravens enfrentaram os San Francisco 49ers, comandados por Jim Harbaugh, irmão de John. Depois de um jogo emocionante, o time de Baltimore conseguiu a vitória por 34 x 31, conquistando o segundo Super Bowl da franquia.

No final da temporada de 2012, uma notícia abalaria todo o estado de Maryland: Ray Lewis decidiu se aposentar. Chegava o fim de uma era. Até os dias de hoje, o middle linebacker é reconhecido como o maior jogador da história dos Ravens!